Mas, ironicamente, não honrou com várias delas.
E trajou o manto da verdade,
Usando-o como capa para voar longe.
E num rompante, imprevisível,
Você se tornou digno de respeito e empatia.
Todavia, como isso nunca resolveu por muito tempo,
Ainda assim se sentiu só.
A regressão jamais saiu da sua cola,
Como um lembrete pegajoso desde uma época de escola
Onde você não aprendeu e nem quisera aprender nada
Salvo uma coleção desastrosa de memórias.
Que te rodeavam e te acompanhavam no leito
Que impregnaram-se e transformaram seus sonhos.
Você as acolheu, você as alimentou, e você jamais as expulsou
E em troca, elas esfaquearam suas palavras de honra, entaladas ainda na garganta.
E você deixou.
E você sentiu.
E você gostou.
Voando para longe no seu manto trapaceado...
Virou prisioneiro dos céus
Sem asas; os pés sem chão
Flutuando numa gravidade a esmo
Sem saber quando era hora de ter dito "não".
E rebuscando purificação,
Você vomitou verborragias,
Quis de volta suas palavras de honra
Quais uma força além da natureza exigiam.
Você chamou a força, e a força te cobrou a rigor
Repousando em seu eu sem endereço
"Abandone o que vício que for"
Exigiu ela, assegurando ser apenas o começo.
Tristan A. - maio/2017